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É certo colocar o nome no envelope do dízimo/oferta?

domingo, julho 10th, 2011

Escrevo esse artigo com a experiência de quem já foi reponsável por cobrar o dízimo de membros que estavam em falta com suas obrigações.

– Saber quanto e de onde vem o dinheiro não dá nenhuma garantia financeira de suprir as necessidades da igreja. Lucas 12,18 – “Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho.” Essa é a forma do homem pensar. Se confiamos em Deus, Jeremias 17:5 – “O Deus Eterno diz: Eu amaldiçoarei aquele que se afasta de mim, que confia nos outros, que confia na força de fracos seres humanos.”nossa segurança não deve estar no homem, mas somente em Deus

– Por mais que não desejemos saber, a curiosidade virá como uma oportunidade de Satanás, como uma pequena rachadura na represa, um pequeno descuido ao mostrar ou querer ver o envelope alheio. Saber o valor de quanto seu irmão dá, poderá causar uma transformação completa na maneira em como julgamos nossos irmãos. Saber que minha oferta ficará registrada num livro caixa com meu nome, poderá afetar irreparavelmente minhas motivações, uma pequena mancha no que parecia ser a intenção mais pura. Antes a alegria, a vontade expontânea de ofertar, agora um aviso de que o dia está chegando. No envelope cheio de anotações, os valores somados de cada mês. Como fazer uma conta no supermecado, uma mensalidade, um ato que se tornará uma rotina, e futuramente uma obrigação.

– Os fariseus também “pagavam” o dízimo,  Lucas 18,11 – “O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: “Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como os outros homens. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos.Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho.”e faziam questão de mostrar isso para que todos vissem. Uma pequena porção de fermento, a menor semente que se espalha nos corações, o ato de querer ser reconhecido pelos homens, o medo de ser julgado por seus irmãos.Atos 6,1-5 – “Mas um homem chamado Ananias, casado com uma mulher que se chamava Safira, vendeu um terreno e só entregou uma parte do dinheiro aos apóstolos, ficando com o resto. E Safira sabia disso. Então Pedro disse a Ananias: -Por que você deixou Satanás dominar o seu coração? Por que mentiu para o Espírito Santo? Por que você ficou com uma parte do dinheiro que recebeu pela venda daquele terreno? Antes de você vendê-lo, ele era seu; e, depois de vender, o dinheiro também era seu. Então por que resolveu fazer isso? Você não mentiu para seres humanos-mentiu para Deus! Assim que ouviu isso, Ananias caiu morto; Ofertar em público é algo que mexe com nosso orgulho, a vontade de querer dar mais que os outros, a competição, a inveja, a vergonha,Lucas 21,1-4 “Jesus estava no pátio do Templo, olhando o que estava acontecendo, e viu os ricos pondo dinheiro na caixa das ofertas.
Viu também uma viúva pobre, que pôs ali duas moedinhas de pouco valor.
Então ele disse: -Eu afirmo a vocês que esta viúva pobre deu mais do que todos.
Porque os outros deram do que estava sobrando. Porém ela, que é tão pobre, deu tudo o que tinha para viver.”
o falso julgamento
. A verdadeira oferta a Deus não é feita com dinheiro, é um grande erro o pastor orar somente por aqueles que levantam a mão com um envelope, muitas vezes é aquele que fica de longe e nem levantava o rosto ao céu, que volta para casa em paz com Deus.

Mateus 6,1 – “Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros. Se vocês agirem assim, não receberão nenhuma recompensa do Pai de vocês, que está no céu.”– Jesus me pediu segredo na hora de ofertar, Mateus 6,3-4 – “… faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo do que você fez. Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa.”até para meus amigos mais íntimos.  A quantia que você resolveu dar é um acordo secreto,  uma confissão, um termo de confidencialidade entre apenas duas pessoas, você e Deus,  pois o que a mão esquerda dá, a direita não precisa saber.

– Colocar o nome nos envelopes irá identificar os que não dão oferta, onde alguns podem se sentir obrigados, coagidos ou envergonhados por não participarem dessa celebração. Envelopes diferentes podem causar sentimento de discriminação, taxando pessoas que não tem condições financeiras como não membros da igreja. O momento da oferta deve ser sempre motivo de alegria, mesmo para aqueles que não participam financeiramente.

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